Muito se tem falado do afastamento social e até, durante alguns meses, do isolamento social. Com a pandemia o afastamento social é agora uma regra, e para muitos, quase um hábito. Durante cerca de 3 meses Portugal esteve isolado em casa.
Mas… o isolamento em casa não é o mesmo que o isolamento da casa.
Aliás, com o isolamento das pessoas em casa o isolamento das casas tornou-se ainda mais relevante. Brincando com as palavras a verdade é que com todos fechados em casa a exigência tornou-se mais evidente, quer pela necessidade de conforto das pessoas quer pela conta da energia paga ao fim do mês.
Estando toda a família em casa 24h por dia os consumos energéticos aumentaram, quer pela utilização de todos os eletrodomésticos e iluminação, mas também pela necessidade de climatização. O facto de os edifícios serem de fraca qualidade e não possuírem isolamento térmico suficiente (ou corretamente aplicado) implicou e implica perdas de eficiência… e naturalmente custos económicos, ambientais e humanos desnecessários.
Numa altura que as horas passadas no interior dos edifícios são ainda mais, não é possível descurar um fator que contribui para o real conforto das pessoas.
Um dos requisitos das Passive House é exatamente o correto dimensionamento e aplicação do isolamento térmico. Este dimensionamento depende de vários parâmetros como o tipo de solução construtiva, a zona do edifício onde se irá aplicar o isolamento e ainda a localização do edifício.
Mas o conceito de uma verdadeira Passive House garante que o isolamento utilizado não é demais nem de menos, é o estritamente necessário.
Estes edifícios são pensados para promover o conforto, a eficiência energética, a saúde das pessoas e a sustentabilidade ambiental…porque no centro das Passive House não estão os edifícios, mas sim as pessoas.
Por isso o isolamento é essencial numa Passive House, mas nunca o social.