Vários têm sido os exemplos de imóveis promovidos como Passive House que de facto não os são. Não são certificados e nem sequer cumprem os requisitos deste tipo de edifícios de elevado desempenho e conforto. Em Portugal infelizmente também tem acontecido, por isso não se deixe enganar.
Como saber se o imóvel dos seus sonhos é uma Passive House? Vejamos…
Todas as Passive House certificadas possuem um certificado emitido pela entidade certificadora ao proprietário, por isso a primeira coisa a fazer é:
Passo 1 – Pedir o certificado ao vendedor ou proprietário do imóvel.
Existem várias entidades acreditadas para fazer a certificação de edifícios Passive House, mas em Portugal existe uma apta a fazê-lo, a Homegrid. Por isso deve sempre:
Passo 2 – Solicitar a identificação da entidade certificadora.
Caso não seja a Homegrid pode consultar uma lista internacional de entidades que estão acreditadas para o fazer. Desta forma será mais fácil perceber se o imóvel que pretende adquirir é mesmo uma Passive House.
Passo 3 – Comprovar a existência da placa identificadora no edifício ou casa.
Apesar de não ser obrigatório a fixação de uma placa identificadora de Passive House a verdade é que, os investidores e agentes imobiliários, têm consciência da importância e valor de uma Passive House, e como tal apresentam esse argumento como uma vantagem competitiva no mercado. Por isso, é muito comum uma Passive House estar identificada com a respectiva placa.
A verdade é que apesar disso nem todas as Passive House em Portugal têm emitido o certificado. Ou seja, há imóveis que cumprem os requisitos Passive House, mas não têm nenhum documento formal que o prove. Isto não significa que o imóvel não tenha o desempenho de uma Passive House, por isso, caso não haja a identificação Passive House deve:
Passo 4 – Solicitar os resultados do desempenho Passive House obtidos a partir da análise com o software específico PHPP e validar se os resultados estão de acordo com os requisitos Passive House abaixo.
Para realizar o projecto de um imóvel Passive House é necessário utilizar um software específico e alguém terá que preencher os dados e fazer a análise dos resultados desse software. Essa pessoa deverá ser um Certified Passive House Designer e é importante saber quem é, por isso terá que:
Passo 5 – Identificar o Certified Passive House Designer
O nome dessa pessoa deverá constar numa lista ou mapa do Passivhaus Institut onde estão identificados todos os Certified Passive House Designers.
Durante o processo de validação de uma Passive House são realizados vários ensaios in-situ, ou seja já com a construção concluída. Estes ensaios são essenciais para validar as hipóteses que o Certified Passive House Designer admitiu no projecto. Um destes ensaios permite validar a estanquidade ao ar do imóvel, já que um dos requisitos das Passive House passa por evitar a entrada ou saída de ar de forma descontrolada. Por isso deverá:
Passo 6 – Solicitar o relatório do teste de estanquidade ao ar (n50 – Blower Door Test). Este ensaio tem que ser realizado por entidade independente e com capacidade técnica (de acordo com a EN 13829).
Outro relatório essencial na validação de uma Passive House tem que ver com a ventilação…Como seria de esperar, se as Passive House são edifícios estanques ao ar terá que haver um sistema de ventilação que permita uma renovação do ar interior. Esse sistema de ventilação deve ser instalado por uma empresa apta para tal, e de acordo com o protocolo do Passivhaus Institut. Por isso é importante pedir também o:
Passo 7 – Relatório do arranque do sistema de ventilação realizado pela empresa que instalou o sistema.
Com estes 7 passos pode garantir que a sua futura casa (ou imóvel) é uma Passive House certificada (até ao passo 3) ou não sendo certificada, cumpre os requisitos das Passive House proporcionando-lhe a si e a sua família o conforto que merecem.