1- Passive House deve ser o objetivo desde o primeiro momento. Ainda antes do projeto, começando na escolha do terreno. As orientações Sul são favoráveis para o nosso clima;
2- Estabelecer um processo de trabalho entre o cliente, o arquiteto e o Passive House Designer, em fase de projeto, por forma a conciliar as necessidades programáticas e os aspetos funcionais com os benefícios térmicos e de conforto da norma Passive House. Um bom desenvolvimento nesta fase permite a aproximação a princípios bioclimáticos, favoráveis a um bom desempenho;
3- Projeto de execução, medições e caderno de encargos é essencial. Permite antecipar todos os desafios da fase de obra, e encontrar as melhores soluções custo benefício;
4- Projetos de especialidades executados em consonância com os princípios da norma. O Passive House Designer/Arquitecto têm de desempenhar o papel de coordenado de projeto de forma ativa;
5- Durante a fase de concurso, para a escolha de empreiteiro, o caderno de encargos, deverá estabelecer os critérios que devem orientar a proposta. Materiais alternativos deverão ter as mesmas características e preferencialmente certificados Passive House. Produtos A+, A++ ou ecológicos, somente se acompanhados por fichas técnicas, que permitam confirmar o seu desempenho;
6- Manter a ferramenta de cálculo PHPP (Passive House Planning Package), que permite determinar o balanço energético, sempre atualizada. Vão surgir alterações em obra, por rotura de stock, alternativas com melhor desempenho ou variação de custos imprevistos. Estas deverão ser validadas na folha de balanço energético;
7- A estanquidade ao ar, é um requisito eliminatório no processo de Certificação Passive House. De acordo com a norma este teste pode ser feito em dois momentos. No final da obra, ou quando o layer de estanquidade esteja completo. Desta forma, podem ser localizados antecipadamente de forma mais eficaz facilitando que correções possam ser realizadas. Este procedimento, por vezes traz algumas mudanças no normal planeamento da obra, pelo que deverá estar previamente acordado com o empreiteiro;
8- Manter o foco e informação em toda a fase de construção. Alguns critérios da Passive House, não são prática corrente dos empreiteiros. O Passive House Designer é o “fiscal” da obra. Recolher evidências sobre os materiais utilizados, etiquetas, espessuras, processos de instalação, fichas e catálogos técnicos;
9- Manter um arquivo fotográfico e de informação relevante;
10- Fazer todos os testes finais dos equipamentos e sistemas na conclusão da obra. Destaque para os testes de arranque da ventilação mecânica de acordo com a norma Passive House.