Todos dizem que a educação é fundamental numa sociedade democrática. Todos afirmam que a educação é um direito… para muitos é a segunda casa e para alguns até o único sítio onde comem uma refeição equilibrada. A escola não é apenas um edifício, mas sem o “edifício” é difícil garantir que alunos e professores, auxiliares educativos e pais consigam levar a bom porto qualquer projeto educativo.
Um edifício escolar não é diferente de todos os outros, deve ser seguro, confortável, saudável, e eficiente. Talvez por ser um edifício onde centenas de crianças estão várias horas por dia, talvez… devesse ser ainda mais seguro, confortável, saudável e eficiente.
Mas em Portugal há uma triste realidade nas escolas: mantas, gorros e luvas; frio, humidades e bolores, equipamentos de aquecimento que não funcionam e mesmo que funcionassem não seriam suficientes para aquecer escolas mal isoladas e ineficientes.
Recentemente algumas casos foram tornados públicos:
Alunos de Leiria levam mantas para as aulas para enfrentarem o frio, e assistem às aulas de gorro e luvas, e os professores não despem o casaco nas salas. “Habitualmente, não permitiria. Mas nesta situação, abro uma exceção e deixo-os estar assim vestidos na sala”. Afirmações de uma docente desta escola em Leiria.
Estes quatro casos, revelados recentemente pela comunicação social, mostram que este é um problema transversal do litoral ao interior e do norte ao sul do país.
Como exigir a alunos e professores bons indicadores (para fazer brilharetes em Bruxelas) quando a sua concentração se desvia devido à necessidade biológica de manter o corpo quente?
Os princípios básicos da Passive House deveriam ser tidos em conta aquando da avaliação de situações como estas, nomeadamente em edifícios públicos de elevada relevância no futuro de todos.
Enquanto defensora de edifícios seguros, confortáveis, saudáveis e eficientes a Passivhaus Portugal afirma: NÃO, ÀS MANTAS NAS ESCOLAS!