The Internacional Passive House Association (iPHA) – Falem um pouco sobre a vossa organização.
Associação Passivhaus Portugal (PHPT) – A Associação Passivhaus Portugal (PHPT) foi fundada em 2012 seguindo uma estratégia comum com o Passivhaus Institut para implementar e desenvolver o conceito Passivhaus em Portugal.
Fundada por três sócios, Rafael Ribas, João Marcelino e João Gavião, a PHPT tem como objetivo promover e desenvolver o conceito Passive House e contribuir para a independência energética e sustentabilidade de Portugal. Esse objetivo é o motor do trabalho desenvolvido pela associação que, ao longo destes anos, tem vindo a implementar uma estratégia baseada em formações e eventos, e numa comunicação orientada para toda a sociedade, e não apenas para o sector da construção.
Hoje a PHPT conta com 18 associados estratégicos e mais de 120 membros associados, entre empresas e particulares. Os membros têm diversas vantagens nas ações de comunicação, principalmente na vertente digital, onde a PHPT é muito ativa. Além disso, os membros têm condições especiais em todos os eventos, conferências e formações da PHPT.
iPHA – Quais são as vossas atividades locais?
PHPT – Desde 2012 temos vindo a formar técnicos, de diferentes sectores da construção e projeto, para a conceção, construção e certificação de Passive House em todo o território português. Neste momento, existem quase 200 profissionais certificados entre Certified Passive House Tradespersons e Certified Passive House Designers, estando Portugal entre os países com maior número de pessoas certificadas per capita do mundo. Para além desta formação técnica, a PHPT divulga o conceito Passive House em diversos meios de comunicação e colabora com várias entidades institucionais.
O número de projetos em desenvolvimento mostra que o padrão Passive House está já a ser reconhecido pelo público em geral e pelo sector da construção com o exemplo a seguir no que respeita ao desempenho dos edifícios.
iPHA – Como tem estado a desenvolver-se o padrão Passive House desde a vossa fundação? Quais são os maiores destaques?
PHPT – ara além das formações, eventos e apoio técnico, desde 2013 a PHPT organiza uma conferência anual com o intuito de divulgar o conceito Passive House a toda a indústria da construção. Esta conferência tem sido um sucesso, não só pelo número crescente de participantes, mas também pelo número de empresas presentes, que aproveitam para apresentar os seus produtos e soluções de elevado desempenho.
Acreditamos que viver num edifício confortável e saudável (novo ou reabilitado) não é apenas uma necessidade, mas um direito consignado na lei portuguesa. Assim, a PHPT está em contacto com diversas forças políticas com o objetivo de mostrar a importância duma construção de alto desempenho, conforto e saúde.
Temos também como objetivo comunicar diretamente com o utilizador final pois é ele quem utiliza o edifício, e por isso foram desenvolvidos ferramentas e documentos em parceria com a Deco Proteste de modo a esclarecer o mercado.
iPHA – Quais são os planos para o futuro da vossa organização?
PHPT – Neste ano de 2021, organizámos a primeira conferência brasileira sobre o conceito Passive House aproveitando a experiência da última conferência virtual portuguesa. Este é o primeiro passo para criar uma rede Passive House no Brasil e para crescer a comunidade Passive House em língua portuguesa.
Pretendemos continuar a desenvolver todas as ações de promoção do conceito Passive House, fazendo crescer a rede Passive House com mais técnicos e soluções certificadas, e mais sensibilização no campo político e decisor.
Em 2022 celebraremos o nosso décimo aniversário e isso será alvo de destaque durante o ano em variados momentos.