O mundo inteiro encontra-se em isolamento ou confinamento social, ou seja quase todos passam 24h por dia em suas casas. Este facto põe à prova muitos dos nossos hábitos, mas também põe à prova os edifícios onde vivemos. Com uma utilização constante, tudo é diferente… Os eletrodomésticos são mais usados porque todas as refeições (ou quase) são confecionadas em casa, a internet está sobrecarregada com a utilização de plataformas de streaming, com o teletrabalho e conferências on-line ou com todo o e-commerce que tem surgido… e até alguns serviços, como ginásios, se têm adaptado levando as pessoas a fazer exercício em casa.
Nunca nos tempos modernos as casas foram tão usadas. E o slogan uma vez usado por um gigante do comércio “Viva mais a sua casa” nunca esteve tão atual.
Estas novas exigências colocam à prova os edifícios em todas as vertentes do seu desempenho.
Desempenho Energético: O maior uso dos eletrodomésticos e equipamentos leva a maiores consumos energéticos e portanto a classe energética (e eficiência) destes equipamentos é ainda mais relevante.
Desempenho Térmico: Com uma utilização constante do edifício a necessidade de conforto térmico prolonga-se por 24h e assim torna-se mais evidente se o edifício é confortável ou não.
Desempenho Acústico: Com todos dentro de casa, todo o dia, haverá pessoas que alteram os seus horários e rotinas, pelo que não será estranho haver vizinhos a cantar no banho às 3h da manhã ou a saltar à corda às 7h.
Qualidade do ar interior: Com uma utilização constante os níveis de CO2 são mais elevados e uma ventilação adequada é fundamental.
Agora, mais do que nunca a qualidade do ar interior deve ser assegurada.
Nestes tempos tão estranhos o sistema de ventilação mecânica das Passive House é uma grande vantagem.
Neste sistema de ventilação não há recirculação do ar, ou seja o ar que entra dentro do edifício Passive House é ar vindo do exterior e devidamente filtrado por filtros de elevada eficiência. Por outro lado, o ar que eventualmente estiver contaminado não se acumula no interior dos edifícios, pois é extraído.
A verdade é que em Passive Houses com filtros instalados adequadamente… o ar que entra é mais limpo que o ar que sai.
E quando tanto se fala na saúde, não podemos esquecer que o ar que respiramos é tão importante como aquilo que comemos…
Depois de quase seis semanas de confinamento todos estão ansiosos por voltar a sair, a respirar, a correr, a abraçar…enfim, a ter uma vida normal… Mas vamos ter de nos adaptar ao “novo normal”.
Será que também os edifícios se vão adaptar?