“Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.”
(Artigo 65º da Constituição Portuguesa)
A realidade do parque edificado em Portugal mostra que há uma elevada exposição ao ruído exterior e esse fenómeno tem um grande impacto na saúde e bem-estar da população.
“Às vezes, nem apetece regressar a casa porque sabemos ao que nos vamos sujeitar. Estamos imersos num inferno de ruído.”
(em artigo do jornal Público)
De acordo com o Eurostat, em Portugal 23% da população queixa-se da elevada exposição ao ruído exterior, sendo a média da UE de 18%.
Estão estudados e são conhecidos os efeitos do ruído na saúde humana, nomeadamente:
- Efeitos físicos (por exemplo: perdas auditivas);
- Efeitos fisiológicos (por exemplo: alterações da pressão sanguínea, do ritmo cardíaco e respiratório, e tensões musculares);
- Efeitos psicológicos (por exemplo: irritabilidade, stress, fadiga, diminuição da capacidade de concentração);
Um estudo europeu, feito junto da população escolar de 2010 crianças de 89 escolas, concluiu que existe uma relação entre a elevada exposição ao ruído e o atraso no desenvolvimento cognitivo.
Os princípios para garantir uma eficaz protecção do edifício em relação ao ruído exterior passam por assegurar níveis de isolamento na envolvente opaca e transparente, evitar infiltrações e exfiltrações (trocas de ar não controlada) e garantir uma renovação de ar através de um sistema de ventilação mecânica controlada (VMC)…ou seja, ter uma Passive House.