Todos gostaríamos de viver em casas perfeitas…espaçosas, em zonas bonitas e sossegadas, com serviços por perto, com boa vizinhança e perto do trabalho. Bom, infelizmente isto é algo que nem sempre é possível de alcançar.
Recomeçando…
Todos gostaríamos de viver em casas perfeitas. E todos podemos. A casa perfeita pode ter muitos aspectos, muitas localizações, ser muito grande ou mais pequena…mas o principal é que nela se sinta em “casa”, e para tal é preciso que seja confortável e saudável. Mas uma casa perfeita também tem que ser eficiente, que respeitar o meio ambiente e que o seu custo não seja demasiado elevado. Mas esta é a definição de Passive House.
E que ferramentas existem para oferecer ao mercado este nível de desempenho? Já pensou em como pode ajudar a mudar o mundo apenas construindo melhor? Se é arquitecto ou engenheiro, ou simplesmente gostaria de saber como projectar uma casa perfeita, então tem que agir e aprender.
…sabia que a Passive House é a solução óptima para garantir conforto, saúde, baixas rendas de energia e reduzida pegada ecológica?
Projectar e construir Passive House permite melhorar não só o espaço edificado, mas também a qualidade de vida das pessoas e ainda diminuir o impacto ambiental de construir um edifício.
Projectar e construir Passive House pode custar o mesmo ou ter um custo ligeiramente superior (não ultrapassando os 5%) comparativamente a uma construção tradicional, contudo os custos de operação e manutenção são muito inferiores.
Projectar e construir Passive House permite a optimização da eficiência energética do edifício (com poupanças energéticas até 75% em comparação com os edifícios convencionais) e garantir uma boa qualidade do ar interior e a redução do risco do desenvolvimento de patologias.
Projectar e construir Passive House mostra às gerações futuras a importância de cuidar do meio ambiente, não abdicando do conforto e principalmente da saúde.
Aqui vão as 5 acções para se tornar um especialista em Passive House.
1 – Talvez o mais simples: conhecer e compreender os cinco os princípios das Passive House.
- Garantir adequados níveis de isolamento;
- Utilizar caixilharia (portas e janelas) adequada à norma;
- Definir um sistema de ventilação com recuperação de calor;
- Garantir a estanquidade ao ar do edifício;
- Evitar pontes térmicas.
2 – Saber junto da Associação Passivhaus Portugal como pode aprender mais. Existem vários cursos de formação com diferentes durações e níveis, desenvolvidos pelo Passivhaus Institut. Há cursos presenciais e também cursos por videoconferência. Para além destes cursos a Associação promove várias vezes por ano, e em diferentes cidades, workshops e seminários gratuitos para informar sobre o conceito, soluções técnicas e exemplos práticos.
3 – Inscrever-se num curso de formação ministrado por um formador Passive House Certificado e, se desejar, realizar o exame por forma a validar os seus conhecimentos. Se passar (esperemos que sim) pode ser um Certified Passive House Tradesperson ou mesmo um Certified Passive House Designer, ou seja, tornar-se oficialmente um especialista Passive House.
4 – Trabalhar em projectos Passive House. É possível aprender através do estudo, fazer o exame e passar. Contudo, se é projectista é importante realizar projecto e acompanhar a obra. Há sempre detalhes que apenas nas fases de projecto e obra se aprendem. Se necessário pode sempre pedir ajuda técnica à rede Passive House em Portugal. Além de que para continuar a ser um perito certificado tem que continuar a aprimorar o seu conhecimento e demonstrar a participação num projecto Passive House.
5 – Ser sócio da Associação Passivhaus Portugal. Esta última acção não lhe garante ser especialista, contudo permite-lhe estar informado das últimas novidades sobre o conceito e sector e permite-lhe descontos e ofertas especiais nos eventos da comunidade Passive House a nível mundial. E este sentimento de pertença a uma comunidade é extraordinariamente importante pelas trocas e pela entreajuda que existe entre todos os envolvidos.
O conceito Passive House está já implementado em Portugal e, portanto, há já no país vários casos demonstrativos: edifícios com funções muito variadas desde habitações, escritórios e hotéis. O conceito tem ganho força também porque se relaciona com um outro muito importante: o nZEB (nerly zero energy building). Este conceito só agora está a ser definido com mais rigor na legislação portuguesa, mas na sua génese está um nível de desempenho e princípios semelhantes à Passive House. No entanto em Portugal, enquanto uma Passive House será sempre um nZEB, o contrário já não será verdade. Falaremos disto num próximo artigo.
Quer tornar-se um especialista? Como viu, não é difícil!