Um dos principais objectivos da Associação Passivhaus Portugal é disseminar o conceito Passive House como um conceito construtivo que define um padrão de alto desempenho que é eficiente, sob o ponto de vista energético, saudável, confortável, economicamente acessível e sustentável.
Agora que já conhece melhor a rede Passive House em Portugal, qual é a desculpa para não fazer bem?
No contexto actual de grande incerteza, instabilidade social e grave crise económica já todos, provavelmente, ouviram falar do plano de recuperação económica apresentado pelo governo recentemente.
Defendemos e temos defendido que a melhoria do parque edificado em Portugal para níveis de desempenho da Passive House é uma exigência económica, ambiental e de salvaguarda da saúde pública e nunca, num passado recente, a saúde pública foi tão impactante na vida de todos.
As típicas soluções de “tapar o sol com a peneira” não resolvem o problema do nosso parque edificado e muito menos se baseiam nos princípios da física dos edifícios…talvez se baseiem em alguma ciência oculta.
Recentemente o governo português lançou o “Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis”. Mas não seria mais pertinente, numa altura em que as doenças respiratórias estão ainda mais em cima da mesa, promover o “Programa de Apoio a Edifícios mais Saudáveis”?
Como prometido, neste texto tentaremos apresentar alguns parâmetros que devem ser considerados aquando da definição das janelas por forma a optimizar a relação desempenho vs custo. Num dos últimos artigos referimos que as janelas são um elemento complexo e de elevado custo e há parâmetros de avaliação fundamentais.
Mas quais são?
Muito se tem falado do afastamento social e até, durante alguns meses, do isolamento social. Com a pandemia o afastamento social é agora uma regra, e para muitos, quase um hábito. Durante cerca de 3 meses Portugal esteve isolado em casa.
Mas…o isolamento em casa não é o mesmo que o isolamento da casa.